Certamente já devem ter ouvido falar deste movimento, pudera.
Pois bem o Movimento Verde Eufémia consta que foi criado exclusivamente para destruir um hectare de milho transgénico no Algarve, nomeadamente na Herdade da Lameira em Silves.
Foi a 17 de Agosto que cerca de 140 pessoas decidiram entrar na referida herdade, propriedade privada, e começar a destruir, arrancando os pés de milho transgénico que tanta impressão lhes faz.
Evidentemente, e disso a ciência faz facto, os transgénicos ou organismos geneticamente modificados são prejudiciais à saúde, alteram a normal e natural evolução das espécies, entre outras contra-indicações. Pois muito bem, que se combata e lute contra eles, que se façam campanhas, que se divulgue, mas sobretudo não se repitam situações destas, em que o visado seja um pequeno agricultor, que por sinal não estava a fazer nada de ilegal.
Para mim este acto de "ecoterrorismo soft" (expressão do ministro da Administração Interna, Rui Pereira), revela a falta de cuidado, para não dizer falta de inteligência, por parte das organizações que estiveram por trás deste movimento. Pois a principal consequência desta acção, desengane-se quem pense que foi falar dos transgénicos e das seus prejudiciais efeitos, foi, isso sim, a destruição do milheiral e a situação em que se encontra agora o agricultor.
A propósito disto, Ricaro Araújo Pereira, no seu artigo de opinião, Boca do Inferno, da Visão diz o seguinte: "O certo é que o campo de milho daquele agricultor era legal. Nessa medida, protestar contra os transgénicos destruindo a plantação de um desgraçado é tão inteligente como ir a uma estrebaria espancar uma mula."
Assino por baixo.