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Terça-feira, 25 de Setembro de 2007
Tributo a José Rodrigues dos Santos

 

Já estava referenciado neste blog que José Rodrigues dos Santos (JRS) pertencia à minha lista dos escritores favoritos. Mais se acentuou essa situação quando acabei de ler o seu primeiro romance, Ilha das Trevas. Definitivamente era me inevitável não poder reforçar ainda mais essa situação, visto que fica assim completa a leitura de todas as obras romanceadas do jornalista/escritor até ao momento.

Explicar o porquê de tanto gostar dos seus romances, não é de uma linear explicação. Ou seja, aquilo que eu encontro nos livros de JRS, que me capta e prende a atenção, não é fácil de transmitir, é como os sentimentos, sentimo-los, mas na realidade nunca os conseguimos definir, em palavras. Mas posso tentar explicar.

Aquilo que encontrei em todos eles foi uma história. Uma história bem contada, bem narrada, bem descrita, bem elaborada. Será a experiência jornalística? Talvez. A verdade é uma, a história flui liberta numa direcção cativante e depois apresenta muita informação, com muitos relatos históricos.

Mas será mais fácil falar livro a livro.

 

O Codex 632 foi o primeiro livro que li de JRS. Comprei-o pela publicidade que se fazia dela na imprensa, não tanto pelo tema, mas por se falar muito nele. Não queria que me acontecesse o mesmo aquando do Código Da Vinci. Bem, li e adorei a história, o emanharado da aventura do Tomás Noronha, do envolvimento italiano, da descoberta do português Colombo e também da experiência pessoal com a filha.

Todas estas mini-histórias encaixam-se muito bem umas nas outras e resultam num espectacular festival de sucessivos impasses e reviravoltas na narrativa.

Depois tudo isto ainda se encontra muito bem acompanhado de bastante informação, nomeadamente, relatos históricos, dos descobrimentos, e até da história da Cabala.

O português Cristóvão Colombo.

A nota é 8/10

 A Fórmula de Deus foi o segundo livro a ler. Comprei-o pelo tema e por já ter lido JRS, portanto já sabia mais ou menos com que podia contar.

Neste livro a personagem principal mantém-se, Tomás Noronha, e desta vez é lhe incumbida a missão de decifrar um enigma de Einstein. Supostamente esse enigma continha uma importante revelação, que para os Iranianos podia passar por uma bomba nuclear. Contudo a substância do enigma é bem mais esotérica, visto que tenta apresentar a fórmula que explica a existência de Deus. A explicação científica de Deus.

Neste demanda para tentar decifrar esta mensagem, Tomás viaja entre Portugal, Estados Unidos, Irão e termina no Tibete, onde obtém a resposta final.

Uma abordagem sobre Deus.

A nota é 8/10

 

Depois de ter lido os outros dois e depois de ter lido a crítica deste livro (muito positiva) confesso que fui para a sua leitura com expectativas bastante elevadas.

Mas neste caso a experiência revelou que as expectativas foram não só igualadas como foram  superadas.

Este romance apesar da dimensão, lê-se muito bem e não cansa nada. Visto que quando gostamos de um coisa, quanto maior durabilidade tiver, melhor.

É exactamente este o caso. Uma história de amor, de guerra, medo, paixão, amizade, terror, sofrimento. Fala sobre futebol, religião, 1ª Guerra Mundial, praticamente tudo o que importa saber naquela época.

Conta a vida desde criança de um português, Afonso Brandão e de uma francesa Agnés Chevallier. Continua até se encontrarem por causa da participação do capitão Afonso na guerra na Flandres. Apaixonam-se e aí começa uma história de amor, bastante intermente, que termina com uma prova desse amor, a filha.

Os contornos da participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial.

A nota é 10/10

 

A Ilhas das Trevas conta a história de Timor Leste, desde deixar de ser uma colónia portuguesa, passando pela invasão indonésia, até chegar a um país livre.

O relato histórico é fantástico é praticamente um livro de História. Mas esta História é contada como muitas vezes acontece através de histórias pequenas. Neste caso a história de Paulino da Conceição, timorense que viveu por dentro toda esta transformação.

Paulino da Conceição é quem nos dá a conhecer Timor e o povo timorense. Povo este substancialmente dizimado pelos indonésios, aquando da invasão que decidiram fazer com o intuito de ajudar o povo timorense a livrar-se do comunismo, que a revolução colonial no pós 25 de Abril, trouxe àquela colónia portuguesa.

De relembrar que este romance é uma ficção baseada em factos verídicos, bem verídicos. Ou não estivesse ele incluído numa colecção chamada, Ficção/Verdade.

A nota é 9/10



publicado por rui_amaral às 22:13
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De nofimdoarcoiris a 26 de Setembro de 2007 às 13:19
Já li todos os livros a que te referes neste post com excepção de "A Fórmula de Deus" o qual se encontra em fila de espera (deve ser o próximo). Concordo plenamente com tudo o que escreves sobre os outros. São livros intensos, que nos envolvem! Ao lê-los fica-se com a situação que somos colocados lá, no texto, não como leitores mas como alguém que está a assistir ao vivo ao que está a ser descrito.
Gostei bastante do Codex 632" com uma trama muito bem concebida, delirei com aquela história tão romântica passada no início do século XX, para além de ter gostado bastante da envolvente histórica que nos é apresentada no decorrer da infância e juventude dos protagonistas. Já com "A Ilha das Trevas", primeiro livro que li deste jornalista/escritor, deixei-me envolver pela emoção. Chega a ser arrepiante a forma como nos dá a conhecer aquilo por que passaram os timorenses , através da história comovente de Paulino da Conceição. Um bom jornalista, um óptimo contador de histórias!


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