Ser razoável e consensual são duas atitudes perante os problemas que tento sempre ter.
Ter a razoabilidade de entender um problema e querer resolvê-lo de uma forma deliberadamente pensada. Ser razoável aquando do aparecimento dos problemáticos extremos. Pensar que a solução deverá ser encontrada algures entre os extremos opostos e actuar nesse sentido. Ficando limpo e livre de quaisquer interesses, dos assuntos e ideais extremamente radicais que tentam a todo o custo definir e inquinar as ideias, opiniões e pensamentos. Tornando-nos intolerantes à diferença.
Ser consensual na mediação de conflitos. Fazer muitas vezes o papel de advogado do diabo, quando o rumo de uma discussão descai assutadoramente para um lado que se encontra incomensuravelmente bem menos representado nesse mesmo conflito. Ver os prós e os contras de cada ideia/opinião antes de tomar um partido ou decisão.
Apagar, esquecer e não ter em conta, quaisquer dogmas e/ou verdades absolutas.
Porque entre a noite e o dia, existe o anoitecer e o amanhecer.
Vou tentando, mas às vezes...
Talvez adjectivar de perturbante e comovente, Alpha Dog, pode ser para quem já o viu, um pouco descabido, mas, para mim, foram essas as sensações predominantes depois de o ter visto.
Alpha Dog, conta a história real do rapto de um jovem de 15 anos, irmão de um traficante que devia dinheiro a um outro traficante. E fico-me por aqui para não desvendar toda a história.
Com a participação de Bruce Wilis, Justin Timberlake (grande performance), Ben Foster, Emile Hirsch e Anton Yelchin (enorme performance).
A não perder.
Aqui fica o trailer.
Agora ando numa onda mais musical.
Portanto fica aqui mais um projecto português, os Oioai, constituídos por Pedro Puppe, João Neto, Fred Ferreira e Nuno Espírito Santo.
Neles, o rock, é-lhes inegável, está-lhes completamente no sangue e na força das músicas.
Acabaram de lançar um albúm em Janeiro deste ano com o nome "Sushibaby".
Site oficial: www.oioai.com
MySpace: www.myspace.com/oioai
E agora dois videoclips.
Sushibaby
Jardim das Estátuas
Música é "Down by flow" dos portugueses Micro Audio Waves e do seu último álbum "Odd size baggage". Que contém música electrónica do melhor que há, por cá e por lá.
Arrisquem-se a não gostar, se conseguirem.
Novíssimo single e respectivo videoclip, tudo da autoria do grande David Fonseca.
As eleições de ontem deram como vencedor António Costa da lista do PS, com quase 30% dos votos. Em segundo ficou Carmona Rodrigues (já acredito em tudo) e Fernado Negrão em terceiro.
Mas o vencedor de 15 de Julho foi sem dúvida a abstenção, que representou 62,6%. Porquê?! Será que foi pelo dia sol que esteve?! Ou terá sido pelo grande descrédito que os actuais políticos e as políticas(?) dos governantes têm?! Andar a ler o Ensaio sobre a Lucidez e depois dá nisto...
Mas uma das coisas que mais me intriga é, e viu-o no Blasfémias, os resultados dos independentes e os resultados das listas e partidos mais pequenos.
Votos do:
PCTP/MRPP - 3122;
PNR - 1501;
PND - 1187;
MPT - 1052;
PPM - 745.
Ora se para uma candidatura são precisas 4 000 assinaturas, como é que...
Haja diversidade.
Uma música já com um bom tempito e que eu não conhecia.
Mas quando a ouvi, gostei bastante da sonoridade.
Apreciem.
P.S. Os cortes de cabelo estão demais.
Como devem calcular, encontra uma imagem ou uma foto de Deus foi impossível. Vá-se lá saber o porquê. Das duas, uma, ou Deus é tímido em frente às objectivas, ou não encontrou fotógrafos com qualidade suficiente para fazer um bom trabalho. Esta foi a melhor que encontrei.
Passando para um plano mais sério, falar sobre Deus é um grande desafio, pelo menos para mim. Como uma grande maioria de portugueses tive uma eduação religiosa católica cristã. Frequentei a catequese, e não é uma coisa que tenha problema em assumir, mas agora entendo que em termos de formação fui induzido a acreditar numa história ficcional, que apesar de incentivar as pessoas a ter certos comportamentos, até saudáveis e moralmente aceitáveis, a verdade é que tem tanta validade como outras histórias em que se pode retirar uma moral no fim.
Uma coisa que importa referir e definir é o que entendemos por Deus. Quem é Deus? Ou o que é Deus?
Deus não é um ser com aspecto humano, um velhote de longas barbas, autoritário no seu trono. E que alguns dirão que não tem a mão direita. Esse Deus não existe pois representa uma versão antropomórfica que o Homem necessitou de ter e não hesitou em criar.
Deus, pode ser chamado, e a isso tem chegado a ciência, a explicação para a existência das coisas, a explicação para as coisas que não foram criadas pelos humanos, como por exemplo a água, a terra, o ar. Estes elementos, inteligentes, que existem no nosso universo e que têm uma explicação que reside em Deus.
Deus talvez seja a reunião das quatro forças existentes no universo: a força electromagnética; força da gravidade; força fraca; força forte.
Mas este parte é muito técnica para ser abordada por mim.
Logo, se tudo nos últimos tempos tem apontado para um Deus que não precisa de ajoelhamentos(?), de prostrações, de caminhadas de centenas de quilómetros, de rastejantes caminhos sobre as pedras dos santuários, que façamos jejum à sexta-feira.
Para quê então continuar com este tipo de tradições. Pois se é para acreditar em algo imaginário, prefiro venerar e ouvir novamente histórias, como a branca de neve (lol).
Ah e tal, é o ópio do povo!
Rico ópio, então. Conseguiu dividir ainda mais o ocidente e o oriente. Aquilo que poderia unir os povos, ou seja, uma mesma religião, como factor de união cultural. Não. Cada um decidiu criar a sua religião, com o seu próprio Deus. Mas melhor, conseguiram fazer com que o outro lado fizesse parte dos infiéis. Útil.
Friedrich Nietzsche defendeu e proclamou a morte de Deus.
E agora, mais que nunca, parece mesmo que Deus está prestes a morrer. Portanto o ideal mesmo é começar desde já a enterrá-lo.
Radical?! Talvez, mesmo os que pensam que são razoáveis, de quando em vez, têm rasgos de radicalidade, que podem chocar um pouco.
Mas a maior das aventuras radicais já tem milhares de anos de existência e foi muito bem aceite pela esmagadora maioria.
P.S. Podem ler mais sobre este Deus, no livro, A Fórmula de Deus.
Ser famoso, penso que seja um dos grandes objectivos da esmagadora maioria das pessoas. Aposto que se se fizesse um inquérito/sondagem a perguntar unicamente se gostaria de ser famoso, 90% das respostas seriam afirmativas. E sinceramente acho que é uma ambição natural e saudável se...
Ora perguntar linearmente se se quer ser alguém famoso, induz a resposta para um sim redondo. O que importa saber é qual é a definição de famoso que se têm e aqui é que reside a grande questão.
Na minha opinião, a definição de famoso devia ser, pessoa que se destaca pelos seus bons resultados na sua área de influência, resultados pelos quais é reconhecido por um grande número de pessoas que lidam com a mesma área de influência.
Mas isto tudo porque tenho assistido a diversas tentativas de subida na "sua famosidade" (?) por parte de diversas pessoas.
Eles são bloggers que não criticam os políticos ou o primeiro-ministro, mas fazem tudo para levar com um processo deles em cima, não criticando, ofendendo. E o pior é que nem o fazem com ironia. Pois toda a gente sabe que se se for processado pelo primeiro-ministro, certamente o nome da pessoa e do blog irá aparecer nos telejornais.
Eles são bloggers advogados direitistas e ferverosos cristãos que conspirando com supostas ligações maçónicas aos mais altos cargos da política portuguesa, fazem uso da sua popularidade para de maneira bombástica obterem "falatório" a seu favor. Esquecendo que todos os domingos se ajoelham perante a maior e mais impregnada sociedade mundial.
Eles são directoras de direcções regionais que fazendo uso do seu autoritarismo, se tentam colar ao governo, mostrando que são uns excelentes servos ao seu dispor. Que depois dão milhentas e algumas entrevistas de 4 a 5 páginas, aos sensacionalistas jornais portugueses.
Portanto caros senhores/as se por próprio mérito não conseguem ser reconhecidos pelo trabalho que realizam, não façam as tristes cenas que parecem revelar um grande desespero por quererem ser a todo o custo pessoas com importância.
Porque ser famoso não deve ser entendido como o objectivo primordial, mas como a consequência natural pelo trabalho/desempenho/atitude obtido.
Tinha que dizer isto.
Carlos Ramos, árbitro português, foi o árbitro da final do prestigiante torneio de Wimbledon, que opôs o espanhol Rafael Nadal ao suíço Roger Federer.
Final ganha pelo suíço pela quinta vez consecutiva.
A presença do agora árbitro a tempo inteiro português significa um motivo de orgulho para a Federação Portuguesa de Ténis e para todos os portugueses. Apesar de Portugal não conseguir colocar um "seu filho" na baila dos grandes courts do ténis internacional, esta presença de Carlos Ramos deve impulsionar uma prática mais profissional do ténis no nosso país.
Em relação a esta partida em especial, o juiz português foi solicitado mais vezes do que o normal numa partida, muito devido à grande entrega por parte dos dois tenistas e ao seu cada vez mais evidente equilíbrio. De salientar que a final ficou decidida pela grande capacidade de serviço de Federer, quer a servir, quer a responder, sobretudo, ao segundo serviço de Nadal.
O resulto por parciais foi:
Federer/Nadal: 7-6 (9/7), 4-6, 7-6 (7/3), 2-6 e 6-2.
Apesar de ter listado, no último post, os meus escritores do momento, e não ter nessa lista Francisco Moita Flores é porque realmente não conheço muito a sua obra.
E isto porquê?
Porque descobri que "A Fúria das Vinhas" é o livro que eu li mais recentemente e que mais se aproxima da ideia original deste blog.
Ora bem, este romance de Moita Flores debruça-se sobre dois grandes temas: a vida e obra de Antónia Adelaide Ferreira, vulgo Ferreirinha e o início da investigação criminal, como hoje a conhecemos.
Ao longo do romance é feito um retrato social de Portugal. Portugal este dominado por três espécies: rei, igreja e bruxaria. Estes três, cada um à sua maneira, e bem descritos no livro, são os principais factores de resistência à mudança, quer de mentalidades, quer de métodos de trabalho (criminal, vinícola), quer de métodos de auto-governação.
E este espírito de alteração, de mudança do que achamos que não está bem, da verdadeira revolução que é preciso incrementar na sociedade.
É por causa da ideia adjacente deste romance, que "A Fúria das Vinhas" fica oficializado como o livro oficial deste blog. Portanto quem quiser se inteirar do espírito que aqui e no blogger (eu) reina, faça o favor de ler este livro.