Será que em Portugal está alguma coisa escrita em acta, ou mesmo legislada, que impeça os Ministros de serem razoáveis, de serem comedidos nas palavras, ou será que estes por obrigatoriedade institucional têm que estar sempre disparates.
Quero eu, cidadão deste Portugal, acreditar que eles tomam estas decisões e opiniões por obrigatoriedade, pois se não o for, senhores ministros, há um grave problema de intelegência que é preciso colmatar.
Mas isto tudo, porquê?
Pois bem, desta vez (ou mais uma vez) foi o Sr Ministro da Saúde, Correia de Campos, que proferiu as seguintes declarações, e passo a citar, "Certamente essa Associação a que pertence tem pobres inscritos. Talvez pudesse facultar esses produtos farmacêuticos para serem utilizados".
Nada de anormal nestas declarações não fosse o facto de aconteceram aquando da interpelação de uma pessoa, da Associação Nacional de Farmácias, que exibiu um saco com medicamentos fora de prazo, no valor de 1700€. Ou seja, Correia de Campos disse que toda a gente sabe que existe um desperdício de medicamentos e que esses medicamentos que chegavam às farmácias já fora do praxo podiam ser facultados aos pobres.
Perante mais um caso de franca incapacidade ministral, temo pelos próximos tempos em Portugal.
Qualquer dia dizem que a Margem Sul é um deserto, não me admirava nada.
Tenho para mim que eles são obrigados a isto.